Sou do tempo que telefone era uma raridade nas casas. Lá em casa, o nosso telefone foi o terceiro, ou quarto de Natal a ser instalado. Para efetuar uma ligação, precisávamos dar uma "manivelada" e falar com uma telefonista. Esta por sua vez encaminhava a ligação para a outra ponta... Tempos bons aqueles, difíceis, porém interessantes.
Com a "MUDERNINADE" vieram os celulares. Estes foram evoluindo e foram passando de geração. Geração 1, conhecida como Geração do Pedreiro, por terem telefones conhecidos como "TIJOLÕES", uma verdadeira arma, que foi ficando para trás. Depois da geração Pedreiro, vieram os telefones da segunda geração, Conhecida como Geração POKEMOM... Os celulares aí já enviavam mensagens. Oras, no meu tempo quando a gente queria mandar uma mensagem, a gente escrevia um bilhetinho e colocava na caixa de correio da pessoa amada, ou querida. Nos tempos de atuais, a gente pega o celular e escreve o que quer e manda o recado... Tempos modernos, isso sim que é uma maravilha... Então começaram a aparecer os celulares com toques monofônicos (sem aquele trim-trim), toques polifônicos e agora... A sensação: CELULARES COM MP3 e 3G.
Estes dias estava eu naquela coisa maravilhosa que é fila de banco quando, de repente, toca o telefone de uma pessoa que estava um pouco atrás de mim. No meu tempo telefone fazia "TRIM-TRIM" e era maravilhoso. A gente corria para atender e dávamos o nosso recado.
Pois bem... Para não me estender mais, voltando àquela bendita fila de banco, é lá onde encontramos as figuras mais ilustres. Tem a "cocota" que se acha gatinha (aquela jovem senhora com mais de 50 anos e roupas de menina de 15), o trabalhador da marcenaria, ainda cheio de pó de madeira... E aquela pessoa doente (no meu tempo, doente era aquele menino que era... Assim, meio coisado). Estava lá eu, esperando minha vez quando toca o telefone daquele dito cujo, o doente: "NA SUA BOCA EU VIRO FRUTA...". Quando olhei para trás, lá estava o garoto(a) dançando e cantando a música para atender o telefone...
Já pensou? Eu já vi de tudo na vida... Mas gente dançando para atender o telefone e fazendo boquinha para dizer "alô", foi a primeira vez.
Um abraço do "véio" e até a próxima.
